Após mais de dois anos de obras o
Terminal Pesqueiro de Camocim foi inaugurado em dezembro de 2010 com recursos
da ordem de quinze milhões de reais provenientes da União – Ministério da Pesca
e Aqüicultura. Durante as etapas que envolveram aprovação do projeto,
licitação, construção e inauguração, esse, infelizmente, é o que podemos chamar
de um verdadeiro elefante branco, rendeu e vem rendendo muitos dividendos
políticos a todos aqueles que tomaram para si o prestígio pela sua construção.
Não vejo com bons olhos o político que toma para si a glória de uma obra, ato
ou um feito, ainda que este venha servir, verdadeiramente, para melhorar a vida da população. O Terminal tem ajudado,
com voto, vários políticos seja deputado estadual, federal, senador, governador
e presidente da república, mas retorno ou ganho efetivo para a população e o
setor pesqueiro tem sido nulo para Camocim.
Todos
somos testemunhas das dificuldades que há anos o setor pesqueiro vem atravessando.
O Terminal de Camocim foi concebido como um instrumento, uma ferramenta que
iria contribuir na solução para os muitos anos de crise no setor pesqueiro.
Mas, a realidade aponta que mais uma vez tudo foi, e continua, uma mera ilusão,
e o sonho do pescador artesanal e do pequeno produtor em ter acesso a insumos
subsidiados com gelo, isca e combustível mais barato foi mais uma quimera
produzida pelos políticos e suas mentes fantásticas. Nada há no Terminal
Pesqueiro para o pescador artesanal, e para o pequeno produtor, o proprietário
de barcos e lanchas, também não há realidade diversa.
Antes
conhecido como Cais Comercial, o Terminal Pesqueiro de Camocim, segundo os seus
idealizadores, seria administrado por uma união de entidades que em conjunto
com órgãos públicos (Sindicato das Industrias de Frio e Pesca, Colônia de
Pescadores, Prefeitura Municipal de Camocim, dentre outros), em uma espécie de
gestão participativa. Hoje se verifica que tudo o que foi concebido e planejado
não se concretizou. O Terminal atualmente é gerido pela Prefeitura de Camocim
que mantém um responsável, um tipo de gerente de cais e alguns vigias, que
sujeitam aqueles que atracam seus barcos no cais a todo tipo de exigência,
tomando medidas sem consultar os produtores e o que é pior, estão exigindo
pagamento das embarcações por dia de atracação. Há uma insatisfação geral no
cais de Camocim. É revoltante atestar que um bem público ao invés de contribuir
para o desenvolvimento da pesca tem sido usado para atrapalhar e atrasar a
atividade dos produtores, além de satisfazer ao ego de quem gosta desfilar
autoritarismo.
E
onde é que entra o Deputado na história? Bem, o homem não é o marido da
Prefeita, não é o líder do governo Cid, não é líder político em Camocim? Então
que você Deputado, já que não tem o poder, o condão, de fazer o Terminal
Pesqueiro de Camocim servir aos produtores, pelo menos faça com que não seja utilizado
para acabar de “matá-los!”.
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