Às vezes sou surpreendido por
indagações e questionamentos, que se apoderam do meu pensamento, e sempre me
colocam “em uma sinuca de bico”. Algo que surge na cuca neste instante me leva a perguntar para que serve a
sociedade, esta na qual vivemos. Será que ela sempre existiu assim como a
vemos? Em um aspecto estamos sempre a concordar: a sociedade está em constante
evolução, e, curioso, achamos que para melhor! Será verdadeira essa premissa?
Duas
correntes de pensamento concebem o surgimento da sociedade de forma distinta.
Há a concepção da vida social sob a ótica dos naturalistas e sob o viés dos
contratualistas.
Para
os naturalistas a vida em sociedade é fruto da associação de dois fatores
fundamentais, qual seja uma tendência natural dos humanos para a vida em
associação a outros humanos, adicionada a vontade humana nesse sentido.
Defendem que a vida em sociedade leva os homens a aprenderem uns com os outros,
e conseqüentemente, a crescerem e se multiplicarem. Os naturalistas sustentam
que a vida em sociedade, para os humanos, tem importância semelhante à
alimentação, e que, somente em situações extremas é encontrado um ser humano
vivendo de forma solitária.
A
corrente contratualista sustenta que a vida em sociedade surgiu unicamente
da vontade humana, ou seja, a vida social teria surgido de um (hipotético)
contrato firmado pelos homens. O contrato social é concebido de várias formas. Autores
como Thomas Hobbes, John Locke e Jean Jacques Rousseau vêem o contratualismo
social de forma distinta, mas todos concordam que a vida social surgiu de um
acordo de vontades estabelecido entre os homens. O contratualismo tem importância
como elemento teórico, e exerce grande influência pragmática, tendo importância
capital para a concepção da democracia.
A
sociedade tem elementos caracterizadores fundamentais. Nesse sentido o jurista
Dalmo de Abreu Dallari destaca que três elementos delineiam a sociedade, qual seja:
uma finalidade social, manifestações de conjunto ordenadas e o poder social.
A
finalidade social pressupõe que a sociedade existe por que tem um objetivo a
alcançar, e esse objetivo seria o bem comum. O Papa João XXII formulou, com
muita propriedade, um conceito universal de bem comum, para ele este seria o
conjunto de todas as condições que a vida social possa oferecer, no sentido de
permitir e contribuir de forma decisiva para o desenvolvimento integral da
personalidade humana.
Uma
simples reunião de pessoas não seria suficiente para caracterizar a existência
de uma sociedade. Além de buscar o bem comum a sociedade deve se manifestar de
forma ordenada, reiteradamente, com ordem e adequação.
Dallari
sustenta que o poder social é visto, pelos estudiosos, como o problema mais
importante a ser considerado no estudo da sociedade, e que sem este não haveria
condições de existir a sociedade.
Da
importância capital do poder para a sociedade decorrem grandes controvérsias,
seja do ponto de vista teórico ou, mesmo, pragmático. Há uma corrente de
antropólogos que sustentam a desnecessidade do poder social para que a
sociedade venha a existir. O pensamento desses antropólogos causaram grandes
fissuras teóricas no pensamento marxista. Além do que importa destacar o valor
do pensamento da corrente anarquista.
É
sobre esses questionamentos acerca do poder social, com enfoque principal na
sua desnecessidade para a sociedade, que vamos nos manifestar nas próximas
postagens. É certo que a sociedade existe em função de seu fim, e por ter um movimento social ordenado, sem esses elementos, muitos sustentam, não haveria sociedade. Mas, e sobre o poder social? Bem, sobre esse monstro, criado pelos mais espertos, podemos afirmar que viveríamos perto da perfeição sem ele.
Vamos
tentar provar para todos que o poder social é um embuste usado para dominação
dos homens. Iremos mostrar que o poder social (esse mesmo que as “nobres
autoridades” matam e se matam para alcançar), seja aqui e alhures, somente tem
servido como instrumento de exploração e dominação dos menos favorecidos. Vamos
apresentar questionamentos de como o direito mantém o “status quo” das classes
dominantes.
Nós
vivemos um mundo de exploração, onde os poderosos exploram e jogam, sem
piedade, seus semelhantes na miséria!
Sobre
o exercício do poder não vamos nos afastar muito da nossa realidade espacial,
vamos levantar questionamentos acerca do comportamento dos “poderosos da nossa
cidade”. Vamos considerar o comportamento dessa turma, com a intenção, não
bani-los da vida pública (menos, né?), pois seria como tirar-lhes o ar, eles
morreriam rapidamente, mas como um esclarecimento para que nos situemos e
venhamos a aprender a fazer com que eles se comportem adequadamente no
exercício do poder, e, de quando em vez, saber escolher melhor os donos do
poder, visto que não vislumbramos alternativa.
GENERALIZANDO:
ResponderExcluirNA VERDADE NOSSA REALIDADE NÃO PASSARÍA DE UM FENÔMENO ÚNICO E UNIVERSAL INFINITO E ETERNO (DEUS), CAUSADOR/GERADOR/ORIGINADOR DE INFINITOS EFEITOS FENOMENOLÓGICOS (CRIATURAS) DESTINADOS A SEGUIREM UM PROCESSO INFINITO DE TRANSMUTAÇÃO CÍCLICO (EXISTÊNCIAS/INEXISTÊNCIAS), CONDICIONADOS PELO PRIMEIRO FENÔMENO CITADO. DEMONSTRANDO: CAUSA/EFEITO (DEUS) GERA CAUSAS/EFEITOS (CRIATURAS) OS QUAIS RETORNAM À CAUSA/EFEITO(DEUS) EM UM CÍCLO SEM FIM. ESPERO QUE ENTENDAM A MINHA LÓGICA, NÃO TEM NADA DE VERDADE ABSOLUTA. APENAS FAZEM PARTE DE MINHAS INTROSPECÇÕES DAS QUAIS TODOS NÓS HUMANOS SOMOS DOTADOS. DEUS SEJA LOUVADO