AS ELITES E “O NOVO PAI DOS POBRES”

O PT tem usado com competência, nos últimos doze anos, o modelo e a postura de governo adotada por Getúlio Vargas, já nos ido s de 1930. A velha fórmula populista tem rendido frutos à turma do Lula. Com ações direcionadas à encantar os trabalhadores e os mais fragilizados socialmente (principalmente os brasileiros do norte e do nordeste), grupo que contém, inegavelmente, a maior parcela da população brasileira. O PT aposta que alcançará mais um sucesso eleitoral em 2014.

                Um fato ocorrido na abertura da Copa do Mundo mostra que as elites estão enfurecidas com a Presidenta Dilma Roussef, quando esta não foi vaiada (o que seria normal), mas hostilizada e desrespeitada. Certamente a Presidenta não seria tão ultrajada se tivesse comparecido a um jogo do Flamengo ou do Corinthians, visto que a maioria dos integrantes destas torcidas (se libertem disso meus amigos!) são compostas de integrantes das classes menos favorecidas e simpáticas ao PT. Vocês acham que há pobres em estádios nos jogos da Copa?

                Os menos favorecidos sempre esperam muito das elites (incrível é perceber que os mais desafortunados por desinformação estão sempre a reproduzir o comportamento das elites), mas estas nunca lhes dão ouvidos. O PSDB, durante o governo FHC, tributou pouca atenção ao clamor das ruas, pois ocupado que estava com o flerte direcionado às elites e ao empresariado. Não que o PT seja divorciado das elites e dos empresários, mas tem devotado aos pobres uma atenção demagógica. Como prova da demagogia petista é só verificar a evolução do IDH brasileiro.

                Voltando ao episódio envolvendo a Presidenta na abertura do monstrengo da FIFA, precisamos aprender que devemos respeitar as autoridades. Podemos gritar com protestos, vaiar, reclamar, votar contra, mas desrespeitar nunca.

                A melhor maneira de protestar contra políticos que ocupam cargo executivo ou legislativo é não votar neles, é não permitir que retornem ao poder. Devemos aprender a usar sempre a principal arma do sistema republicano que é votar, sempre, pela alternância dos ocupantes do poder. Precisamos dar um basta no instituto da reeleição, absurdo criado por FHC, à custa do sacrificado povo brasileiro.

                Vamos aprender desde agora, vejam a lição (é mole?): quando formos às urnas em 2014, 2016, e diante de duas, ou mais opções igualmente ruins, vote pela mudança, mesmo que esta não seja “lá essas coisas”. Precisamos fazer com que os políticos aprendam que a Prefeitura, o Governo do Estado e a Presidência da República não são residências, mas instituições provisórias de gestão pública e precisam ser sempre renovadas, oxigenadas. Pode ser que o povo, assim, aprenda a votar e que os políticos aprendam com os próprios erros (boa vontade nunca é demais!).

                

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